E daqui de cima eu me via. Frágil, patética e simplesmente morta. Mas como aceitar isso, eu a garota mais bonita e popular da escola, a queridinha da família, morrer assim tão trágica e tristemente.
O único sentimento que me tocava agora era o... Amor... Isso mesmo, amor, e um pouco de raiva também não da situação, mais sim de mim mesma por ter percebido só agora no final que eu simplesmente o amava. E agora ele estava chorando por mim aqui nesse leito de hospital. E ele sempre foi tão devoto e fiel a esse amor que eu nunca havia percebido ate agora, mais ele era meu melhor amigo, isso muda algo não muda?
Agora aqui refletindo, sobre meus erros, percebo que tive mais falhas que êxitos em quanto eu era viva... Vou contar um pouco da minha historia partindo do momento em que comecei a conhecer esse mundo novo e surpreendente, que logo vocês também descobrirão.
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Então quer dizer que é só isso... Disse ele com aqueles olhos castanhos me olhando fixamente.
É sim. Disse eu com minha melhor cara de “não to ligando” (mas no fundo eu sentia muito aquilo estar acontecendo, mais de qualquer forma eu não tinha outra escolha).
E então eu, com minhas alvas mãos que seguravam a adaga, simplesmente perfurei o peito daquele lindo garoto, a adaga com um corte fino e preciso foi descendo ate chegar à altura do umbigo dele. Comecei a “trabalhar”. Lembro-me de ter escutado os gritos e gemidos de dor que saiam daquela linda boca, porém eu já estava tão acostumada àquilo que já nem me importava mais.
Enquanto eu recolhia seu sangue ainda fresco, ele ainda não tinha morrido e agora muito fraco para gritar, simplesmente só me olhava com uma expressão que dizia “tenha piedade” pena que já era tarde demais para isso.
O ritual começa.
A sacerdotisa nos lava com a infusão de cogumelos. Começamos a cantar as musicas do solstício de verão e colocamos o enorme caldeirão para ferver.
O altar esta arrumado, imponente, majestoso, e lindo, simplesmente lindo a luz daquela lua cheia. As velas e os incensos soltam um aroma envolvente, sedutor, me lembra absintos.
Enquanto esse garoto estranho me olha com esses olhos profundos e envolventes, eu me lembro do Kevin, meu único e melhor amigo.
Mas agora eu não posso me desconcentrar tenho que terminar o que me foi estipulado essa era minha primeira vez, mas eu não estava assustada... Afinal vejo isso todo ano.
Viro-me para encarar o garoto. Então é isso rapaz...
Sinto o sangue quente em minhas mãos e o cheiro em minhas narinas... Acabou.
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